segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A Roda e a Vida

Roda, Roda da vida roda sentida,
Vai ringindo estrada afora,
Enrodilhando o tempo,
E também os pensamentos,
De quem na roda está...
Roda, roda da roda,
Roda ao sabor do vento,
Que inspira sentimentos
Em quem enrolando está...
Roda, roda maldita,
Que de roldão vai levando a vida
De quem sonha e acredita,
Na pureza do amor...
Roda, roda do mundo,
Neste teatro galáctico
Onde somos artistas,
Mambembes partículas,
A representar um papel,
Na interação com o todo...
Roda, roda de vento...
Redemoinho do tempo,
Que vai e volta...
Sempre a rodar e, rodando,
Rodada a roda está...

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Versos Perdidos II

Avise a teus compatriotas
Que não me renderei!
Morro, mas permaneço vivo
E que ainda ouvirão o brandir
De minha "espada" após jorrar de meu sangue,
Diga ainda que não me contentarei,
Com seus corpos a apodrecer nos campos,
Quero ver seus espíritos flamejarem,
Nos confins do além.
Só adormecerei de espírito quando
do sul ao norte do Brasil
Gritarem um único vocal: INDEPENDÊNCIA.


Sentimento Quixotista! Retirado do caderninho de poesias e notas de mamãe.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Hasta Siempre

Desculpem-me os amigos, faltei-lhes durante muito tempo. Precisava de ar e tempo para colocar a cabeça no lugar e organizar as saudades, a cidade nova e todo novo que ela me proporciona, toma-me um tempo, fora que ler e reler os escritos de papai sugere sempre dias intensos de saudade, mas em respeito a sua memória, vou voltar a dividir o que ele deixou no mundo. E nos dias que estive calada blogueamente falando, li muito e tenho lido muito. Chorei ao ler esta passagem do livro de Moacir Werneck de Castro, O Libertador - A vida de Simón Bolívar, além de acordar dias com vontade de pedir independência à alguém ou a algo, sei lá! A passagem é uma citação da carta de Bolívar a seu ex-professor Simón Carreño Rodríguez, a quem ele dedicava intesa admiração, e com quem estava no momento célebre do juramento de Monte Sacro. Eis a passagem, que me fez lembrar papai e que daqui uns dias seria seu aniversário, interando seus 51 anos de experiências da vida:

" Você formou meu coração para a liberdade, para a justiça, para o que é grande e belo. Eu segui o caminho que você me apontou [...] Nunca pude apagar uma vírgula sequer das grandes frases com que você me brindou. Sempre presentes a meus olhos intelectuais, eu as segui como guias infalíveis."

Espero que continues me guiando, onde quer que você esteja! Hasta Siempre!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Carta do Ser Humano

Cáceres - MT, um dia a se lembrar de 1998.

Companheiro de Viagem:

Partícula cósmica do inteligente universo...
Ser existente pela vontade
Ser vivente por concessão
Habitante por empréstimo
Eu sou o homem
O ser que há milênios defende a vida às custas de outras vidas
Ser que em nome do progresso, que regride, que mata seus semelhantes... que escraviza, que corrompe, que espolia... que agride os princípios e os meios em nome dos fins.
Sou aquele que constantemente avaria a nave em vôo
Eu, "homem"
Eu, ser de dois universos
O interno que é meu interior, que constantemente agrido e permito que seja agredido
Eu, homem, que destruo meu universo externo, meu habitat, minha vida, minha morada
Eu, insano
Eu, ré confesso
Venho por esta missiva fazer o meu "mea culpa", e dizer nos meus relâmpagos de lucidez e consciência, que necessito viver para conviver
Dizer que é hora para rever os conceitos , os valores, as regras desta grande viagem, que é a vida, nesta imensa nave - a terra - que navega na mesma imensidão dos globos sólidos, líquidos, gasosos...
Para que eu enquanto ser cosciente, me torne parte desta harmonia-vida-terra-homem
Para que eu ao ouvir o soluçar da mãe natureza, possa, mesmo na minha pequenez, enquanto ser, dizer não à prática da anti-vida.


Humanamente,
Ser Humano





*Carta-poema escrita enquanto acadêmico do Curso de Direito.
** Foto tirada por ele mesmo.

sábado, 28 de novembro de 2009

Versos Perdidos


Como Deus permite a todo mundo uma loucura,
Também tenho meus momentos de fé e lucidez.

O que seria deste pobre ser, sem a tua presença?
Sem o teu afago, sem tua doçura?
Sem a tua carne jovem dotada de maciez?

O que seria deste teu mendigo? Sim, mendigo.
Do teu amor, do teu prazer e pecado, sem o calor
Deste corpo pequeno e frágil e cheiroso?

O que seria de mim, sem ti minha mania?
Sem tua razão e a boemia... ?

*Retirado do caderninho de mamãe de 1982. Papai e seus bilhetinhos para mamãe, sempre fazia um versinho quando aprontava. União de Razão e Coração. Poeta dividido entre seu grande amor, e a boemia.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

ODE À DEUSA CEGA


Repousa ó Cáceres,
em tua tranquilidade e paz,
em teu sono e segurança,
sob a égide,
das abençoadas asas postiças
do anjo negro da justiça.
Repousa na paz ó Espírito
Sofredor desencarnado,
a Deusa é cega, mas não dormita
Ela te dará um condenado.
Tremei ó vilões,
assassinos e ladrões.
Para vós reservado está
o Promotor dos Sacolões.
Ai de ti desonesto,
o eu futuro será funesto.
Ai de mim e a prelazia
Com tanta dor e hipocresia...

.esuarK

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Vida e Morte

Hei de morrer, mas antes
Quero rir, ainda que
não possam ouvir meu gargalhar,
Quero criar, ainda que
não seja perfeita minha criação.
Quero chorar, ainda que
me sejam poucas as lágrimas e,
não possam me levar o coração...
Quero escrever meus versos,
e neles cantar as minhas verdades...
Quero gritar, e no meu grito
estará toda a minha indignação,
diante da miséria, da desigualdade,
da opressão, da repressão velada,
da fome, da impunidade, da falta de amor,
da prepotência estatal, da contra cultura,
do egoísmo, da indiferença, da discriminação...
mas antes de tudo, quero amar...
Quero beijoar a boca trêmula,
daquela que me ama, e me deleitar
no seu prazer e ter prazer...
Hei de morrer, mas antes
quero e preciso viver...
para depois morrer, viver, morrer...

domingo, 20 de setembro de 2009

De “Iracema”, “A Pata da Gazela” à “A viuvinha”



De todos os autores da literatura brasileira, certamente José de Alencar, não era o seu preferido, mas mesmo assim algumas de suas obras relembram fatos vivenciados pela garota ao longo de sua vida.

Do tipo mignon, não era nenhum exemplar de beleza, tinha seu próprio estilo, o que chamava atenção de muita gente, por mais que quisesse passar despercebida. Dona de cabelos longos e negros como a noite sem luar, como as asas da graúna, como os de Iracema, como lhe dissera alguém que posteriormente faria parte de sua vida.

O mundo lhe era pequeno, pois queria alçar vôos tão altos como Fernão Capelo Gaivota. Cheia de sonhos, mesmo com medo, voou para fora do ninho.

Tropeçou não só em pequenas pedras, mas em altas montanhas também, pois a vida não lhe sorria na maioria das vezes.

Conheceu gatos e ratos, príncipes e plebeus, rainhas e bruxas. Despertara para a vida e percebera que precisava para ser sobrevivente no lixo social em que vivia, tomar rédeas de seu destino. Queria ser autora de sua história de vida. Queria ser engenheira de novos pensamentos e novas emoções. Não deixaria que normas e regras alguém lhe ditasse, lhe impusesse. Mas a menininha temerosa tinha se aprisionar dentro de si mesma, se quisesse sobreviver naquele mundão de meu Deus.

Sabia que era apenas uma caminhante e que havia muita estrada a percorrer.
Revestira-se de verniz social e foi-se aos poucos, tímida e gradativamente se fortalecendo diante dos embates que a vida lhe impusera.

Aprendeu que rir de si mesma era um bálsamo salutar.

Um dia em um dado momento de sua vida, sentiu-se como personagem de Chico Buarque, pois estatelada no asfalto ficara, atrapalhando o tráfego de uma avenida movimentada. Foi essa tragédia, quase igual à de Macabéia, que mudara o percurso de sua vida, que fez atrasar seu projeto de vida em um ano.

Nada é por acaso. E foi em conseqüência desse atraso que a vida colocou-a diante daquele que inevitavelmente mais tarde seria seu marido.

Inicialmente, o jovem intempestuoso, ousado a amedrontava, pois eram de mundos diferentes, de galáxias distantes. Mas o jovem disposto estava em manter contato nem que fosse de quinto grau, já que a garota era muito arredia. Esta se colocara em uma redoma de vidro blindado e se protegia do gigante Adamastor, era o via.

As investidas foram tantas que minaram os muros de proteção da garota. Surgira então uma bela amizade. Trocas de desenhos, de poemas, de conversas desconexas, de segredos, de sonhos faziam parte daquela amizade ainda frágil.

Não eram apenas os cabelos negros da garota como os de Iracema que chamavam a atenção do jovem, que não se contentava tão somente com a amizade.

Os pés pequenos da garota como as patas de uma gazela, mereceram versos e rimas daquele jovem poeta e a mocinha se rendeu àquele sentimento novo, assustador, profundo, sincero.

O jovem, o gigante Adamastor. A garota, de cabelos negros e pés pequenos, Iracema e a pata da gazela, construíram então uma linda história de vida.

Juntos riram, sofreram, choraram, sonharam. Viveram, agora ela sabe, a mais linda história de amor. Agora ela tem a certeza que foi amada, foi muito amada.

Nada é por acaso. Tudo na vida, tem um início, um meio e um fim. Muitas luas se passaram desde aquele primeiro encontro, ele ousado e ela amedrontada.

Hoje, a Iracema de patas de gazela, transformou-se em a viuvinha, que sozinha não está, pois tem dois filhos que superama, mas ela sabe que a saudade do poeta jamais será resolvida, e que a perda e a ausência muitas vezes são asfixiantes.

Ela, a Iracema de patas de gazela, agora a viuvinha daquele jovem, tem certeza que a dor que viveu poderia tê-la destruído ou construído. Resolveu deixar que a dor a construísse para que possa reescrever sua história, nem que para isso, terá de recolher seus pedaços.

Neste momento de refazimento, aprendeu que todos somos reféns de algum período de nosso passado, pois o que se vive não se apaga. Quando vale a pena recordar, não há necessidade de exorcizar o que viveu.

Aprendeu ainda, a viuvinha, que ninguém morre, quando se vive em alguém, e o poeta vive intensamente na alma daqueles que o amam verdadeiramente.

A viuvinha sabe que é preciso aprender a trafegar sem medo nesse caminho que está a sua frente, mesmo que às vezes se sinta sozinha.

Cury lembra em uma de suas obras que “Epicuro disse se quisermos vencer, devemos gravar em nosso espírito o alvo que temos em nossa mente. Einstein disse que há uma força maior que a energia atômica: a vontade! Confúcio comentou que muito de nós mesmos e pouco dos outros. Pascal disse que para quem deseja ver, haverá sempre luz suficiente; para quem rejeita ver, haverá sempre obscuridade; Sófocles disse que quem procura, encontrará, pois o que não é procurado permanece para sempre perdido.”

E a viuvinha quer encontrar o elo perdido, quer despertar a porção águia que existe dentro de si e das cinzas renascer como fênix, pois percebeu que diante da dor e da morte, não é gigante, nem heroína, e sim sobrevivente.

- Margareth Krause -

domingo, 6 de setembro de 2009

Latifúndio dos Miseráveis


Lá onde estive,
É deveras bonito.
Porção água.
Com seu imenso céu de concreto,
Donde por vezes a tecnologia
Sobre rodas
Feito um deus irado,
Lança raios e trovões
Fazendo tremer o firmamento,
Amedrontando suas crias, criaturas.
A mãe água corre
Silenciosa
Fazendo cumprir seu destino
Entoa
Suave e melancólica canção,
Sem se aperceber da chegada dos algozes
Que cortando suas perfeita superfície
Qual brilhante ao cristal
Emite um grito de dor
Inaudível aos animais
Que continuam sua agressão,
Se deleitando com a passivez de tão
Indefeso ser,
Que apenas chora
E revolta em ondas
Ameaça fundir-se à porção terra,
Sua irmã, e de lá não retornar.
Mãe terra,
Na quietude de seu movimento estático
Também sofre,
Também chora.
Intoxicada por milhares de seres inorgânicos
Depositados em seu ventre
Por seres celenterados, celerados, descerebrados,
Contudo,
Resta-lhe a condição
De mãe.
Mãe de quê?
Mãe de quem?
Mãe dos excluídos,
Dos sem-tetos,
Dos sem amor,
Resta-lhe ser
Tão somente...

Novembro/1998
.esuarK
*Foto tirada por ele mesmo em Abril/2008, havia pouco tempo que ele tinha comprado algo com que tinha sonhado muito, uma máquina fotográfica, para fotografar as aves do pantanal, não conseguiu tirar muitas fotos, e ainda demonstrava uma certa vergonha em fotografar, mas tinha um olhar bom.

sábado, 29 de agosto de 2009

"Eu não quero ser juiz"



É 1h20 de uma madrugada quente, como geralmente são as madrugadas pantaneiras, mas o que não me deixa dormir, não é o calor e sim as palavras, as idéias que martelam meu cérebro em virtude de a poucas horas ter deixado as instalações do Centro Municipal de Cultura, onde os acadêmicos do 7º semestre do Curso de Direito, proferiram palestra sobre o tema "Morosidade na Justiça". Uma iniciativa louvável dos acadêmicos em parceria com o Rotary Club de Cáceres, Emaj e Faculdade de Direito.

Nessa palestra além dos acadêmicos, dos rotarianos, do representante do Executivo municipal, alguns poucos professores do curso de Direito e oportunamente encontravam-se lá dois representantes do Judiciário mato-grossense, e um deles o Dr. Gonçalo, juiz lotado na 2ª Vara Criminal de Cáceres, que nos presenteou com profícuos esclarecimentos técnicos. Declarou o magistrado ser um apaixonado pela academia, e manifestou-se sobre um tema que já se tornou corriqueiro no ambiente acadêmico, que se relaciona com atitude da imprensa nacional e estadual que hoje estão (não só hoje como bem sabemos) a serviço de coronéis do executivo, totalmente direcionada a atacar e acanhar o poder judiciário em suas diversas jurisdições pelo país. Ressaltou o meritíssimo juiz, "a imprensa hoje acusa, julga condena, e ainda julga recurso de quem tenta se defender". Entretanto, o que me preocupa fazendo-me perder o sono para escrever minhas considerações, são as preocupações que me assaltaram durante a palestra.

As ponderações do Dr. Gonçalo, com relação ao silêncio do judiciário, neste momento em que forças políticas inescrupulosas procuram denegrir a imagem do judiciário como um todo. Questionei o referido juiz quanto ao silêncio daqueles que se julgam prejudicados por esta blasfêmia campanha, e ouvi atônito sua resposta: "...De que regulamentos internos do judiciário, leis, impõem silêncio aos magistrados, não permitemque se manifestem à altura, que se defendam, que se manifestem em público a respeito de certos assuntos". Abusando da bondade e paciência dos demais presentes, tentei materializar timidamente uma reflexão constitucional, em que afirmei ter para mim claro que: A tripartição dos poderes contida na nossa Constituição Federal, de inspiração montesquiana e alardeada no art. 2º de nossa Carta Magna não condiz com a nossa triste realidade, pois a "autonomia e independência" entre os poderes com relação ao judiciário não passam de palavras; e como bem exemplificou o Dr. Gonçalo, questionando de como são formados o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça? São escolhidos entre os membros do Judiciário? Eleito por eles? Não, não são como bem sabemos.

Torno a repetir o que me tirou o sono e a paz de espírito não foi exatamente o até aqui exposto. Tentarei fazer uma retrospectiva de minha simples vida.

No ano de 1978 quando adentrei na UFMT como acadêmico do Curso de Direito, muito jovem na época - contava com 18 anos apenas, e sonhava um dia ser juiz, mas problemas diversos fizeram-me abandonar aquele maravilhoso curso, e consequentemente "o sonho". No entanto em 1997 volto a estudar e mais uma vez ingressei numa universidade pública, com o intuito de cursar a apaixonante Faculdade de Direito. Agora com quarenta e um anos de idade, "o sonho" já não é tão nítido, e nesta madrugada veio a se acabar, NÃO QUERO SER MAIS JUIZ, disse a mim mesmo, porque se para ser juiz, terei que calar a minha voz, aprisionar-me em mim mesmo, abrir mão do maior bem jurídico do ser humano que é a liberdade, pois não acredito na morte do ser. Volto a repetir EU NÃO QUERO SER JUIZ, se para tal tiver deixar de lado o que faço agora, ou seja, me expressar, sinceramente, se as regras são estas, prefiro continuar a ser cidadão livre à ser instituição sem liberdade.

Certa vez disse o aprendiz de poeta ESUARK: "De que me adiantariam as asas se o vôo fosse limitado"


Sábado, 30 de outubro de 1999.

Ronaldo de Mattos Krause
Acadêmico do Curso de Direito - UNEMAT

* Lembro-me como se fosse hoje, o dia em que o telefone tocou. Eu estava com 11 anos, eu atendi a chamada e escutei alguém alegre dizendo: "- Avisa o Krause, que ele passou no vestibular!". Era a terceira tentativa dele, quando decidiu voltar a estudar. Fomos ao pátio da Universidade e constatamos que ele tinha passado em 15º lugar. E foram as conversas, e as novidades da faculdade, com a qual ele estava tão animado, que me fizeram ir pelo mesmo caminho. A foto fora tirada por um dos amigos da "Mesa 14", à época em que ele ainda estava estudando. Ele e o "Carlão" numa manifestação contra aqueles que estavam fazendo da nossa Carta algo descartável.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Desconcatenando



Meu amor se foi pra longe,
E o limão caiu do pé,
Já faz tanto tempo que não chove,
Só da peixe na maré.
Enquanto isso lá em casa,
Tico-tico no fubá,
Eu aqui agarrado
No rapé do vigoron...
Passarinho que voa alto,
Mais parece um urubu,
Eu não tenho compromisso,
Com qualqur filosofia...
Jogo bola, jogo truco,
Faço surf espacial...
Faço versos, conto casos,
Só não conto quem eu sou,
Eu só sei que o amarelo,
De tão puto avermelhou,
Não vou mais tomar seu tempo,
Com esse papo discrepante,
Foi a febre logosófica...
Dois mais dois não têm mais lógica...
Vamos todos dividir.

.esuarK -